A equipa de Instrumentação da IA possui uma longa experiência no desenvolvimento de instrumentação ótica para Astronomia e espaço, com um extenso histórico em projetos com o ESO (European Southern Observatory – Observatório Europeu do Sul) e a ESA (European Space Agency – Agência Espacial Europeia). As suas competências-chave incluem design ótico, metrologia ótica, fotónica e software para processamento de dados. A equipa tem experiência em todo o processo de desenvolvimento de instrumentos, desde o conceito inicial até à sua efetiva instalação e comissionamento. Esta estratégia de longo prazo inclui uma significativa participação em instrumentos/missões chave da ESO e ESA.
O desenvolvimento de novos instrumentos é também muito importante para garantir acesso privilegiado às atuais e futuras instalações do ESO e da ESA. A participação da IA em grandes levantamentos de dados observacionais é igualmente importante para proporcionar acesso direto aos dados disponíveis em primeira mão. Tanto o envolvimento em instrumentos como nos grandes levantamentos de dados contribui para o desenvolvimento a longo prazo da Astronomia em Portugal.
As ciências espaciais são servidas tanto por plataformas espaciais como por infraestruturas terrestres. Estas plataformas, infraestruturas e instrumentos baseiam-se numa miríade de tecnologias. Os instrumentos, mais intimamente relacionados com a agenda da Astronomia, são sistemas tecnológicos complexos e integrados e incluem os seus próprios subsistemas de redução de dados. Estes têm uma forte dependência do hardware e tecnologia do instrumento: esta integração completa é o novo paradigma de instrumentação do século XXI, plenamente apoiado pela IA.
A equipa de instrumentação enfrenta desafios associados ao desenvolvimento tecnológico para instrumentação e sistemas espaciais e terrestres, no contexto de consórcios internacionais, ESO e ESA, agências espaciais nacionais e áreas do programa espacial da UE Horizonte 2030. A participação decorre em várias fases de desenvolvimento, desde conceitos e arquitetura científica até integração, teste e entrega, incluindo o desenvolvimento de pipelines de dados. O software para redução de dados é agora inseparável do instrumento/missão/infraestrutura. A instrumentação recente e futura da ESO considera o pipeline como parte do instrumento, a ser desenvolvido em paralelo. O pipeline realizará, portanto, as manipulações de baixo nível comuns a todos os usos do instrumento e é completamente definido pelas propriedades do hardware.
Nos últimos anos, fomos muito bem-sucedidos em participar na definição do caso científico de várias missões e infraestruturas desde o início, criando simultaneamente um nicho para a ciência e um nicho para o desenvolvimento tecnológico ou de instrumentos.